quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Precisa de grana e experiência? Faça um frila!

Rico é chef, Serginho, hair stylist e André, editor de vídeo. O que eles têm em comum? São freelancers, ou seja, trabalham para diferentes empresas sem ter vínculo empregatício. Para quem assume diversas funções ao mesmo tempo, ou precisa de horário flexível para, por exemplo, fazer uma pós-graduação, ser “freela”, pode ser uma boa.

“Quase todas as áreas oferecem oportunidades para freelancers, sobretudo a de serviços”, informa Mariá Giuliese, psicanalista especializada em análise e aconselhamento de executivos em transição de carreira. Há um vasto campo em comunicação, eventos, atendimento e suporte ao cliente, pesquisa e varejo, entre outros. “Vagas temporárias em lojas durante períodos de pico de vendas são um exemplo”, completa.

Bagagem e contatos - Mariá alerta para a necessidade de se ter foco, principalmente para o profissional em início de carreira. Segundo ela, o freela garante bagagem profissional e recheio para o currículo, tornando-se diferencial na busca por um emprego. “Ter experiência em áreas correlatas à formação agrega valor”, explica.

A consultora aconselha o candidato a utilizar-se das redes sociais como ferramentas de contato e adverte: “O freelancer não é menos formal que um emprego, por isso, é importante atentar para a postura mesmo durante a prospecção de trabalhos. Hoje em dia, as áreas de RH se utilizam das redes de relacionamento para conhecer o perfil do candidato.”

Altos e baixos financeiros - Estabelecer-se como freelancer, no entanto, não é tarifa das mais fáceis. Se, por um lado, o profissional negocia horários e prazos, podendo assumir até mais de um trabalho simultâneo, por outro, é necessário conquistar uma sólida carteira de clientes para não cair em um período de estiagem.

André Seterval, de 37 anos, formado em computação gráfica com especialização pelo Senac, que o diga. Depois de encarar um “freela fixo” de seis meses para uma grande produtora em São Paulo, onde atuou em diversos projetos, se viu de uma hora para outra sem trabalho, situação que perdurou por outros longos seis meses. “Cheguei a trabalhar 14 horas por dia nos períodos de pico. A pressão era enorme. Mas, quando entregamos o material, fui colocado em stand by.”

Seu conselho é claro: é sensato não gastar tudo o que ganha em um projeto, achando que vai faturar a mesma bolada no mês seguinte.

“É preciso também disciplina, uma vez que você passa a ser seu próprio patrão”, diz. Ele também destaca a necessidade de estar afinado com a evolução tecnológica e com as principais tendências de seu ramo e aproveitar o tempo livre para estudar e manter-se aturalizado com as necessidades do mercado.

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