O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai oferecer 12 mil bolsas de iniciação científica destinadas a estudantes de graduação de engenharia, alunos do ensino médio (iniciação científica júnior) e a professores orientadores, por meio do programa Pró-Engenharia. O edital deve ser publicado em março.
A iniciativa é feita em parceria com a mineradora Vale e haverá oferta de bolsas em todo o país, preferencialmente em instituições das regiões Norte e Nordeste. O objetivo é aumentar o interesse dos estudantes do ensino médio pela Engenharia, diminuir a evasão do curso nas universidades e melhorar a formação de futuros profissionais na área.
A falta de engenheiros é reconhecida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como um gargalo para o crescimento econômico dos próximos anos. A meta é aumentar o número de formados em 60% até 2014.
Demanda no mercado – De acordo com o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), há um déficit de 20 mil engenheiros por ano no país. O diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Sales Melo, explica que a demanda é especialmente de engenheiros civis, de minas, de petróleo e gás, navais e de computação.
Entre 2000 e 2009, o número de alunos concluintes de engenharia passou de 22,8 mil para 47 mil. A participação de engenheiros entre os formados, no entanto, caiu de 7% para menos de 6%. Na China, 35% dos formandos nas universidades são engenheiros; e na Coreia do Sul, 25%. Outro levantamento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que apenas 35% dos engenheiros formados estão trabalhando na área.
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